Escapei de um túmulo, estava morrendo... O caixão levaria consigo o melhor de mim, restaria as armas de defesa e todo seu peso. Os restos de mim agora me consomem... De dentro me cobram toda paciência que pode existir... E todo meu silêncio... O silêncio que me cabe agora responde todos os motivos pelo qual me deixei levar... A prece interior me ressucitou... As trevas e a escuridão me despertaram em tempo, antes de sucumbir... Hoje a vida tem mais valor... Ainda retorno ao inferno... É como se lá pudesse compreender o caminho que me leva de volta a luz. As lápides da minha existência se erguem, mostrando toda minha limitação mortal... Saí da imortalidade, aceito a vida... Não sou mais quem pensava que era, nem mesmo sei quem sou agora. Apenas tenho a certeza que a vida começa a partir do ventre do nosso inferno...
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